Em 19 de maio de 2005, na cidade de São Paulo, foi realizado o "Congresso de Educação Educador ", onde o educador australiano Greg Butler, diretor mundial de Estratégias, Soluções e Programas Educacionais da Microsoft, iniciou sua palestra afirmando que "A geração atual já nasceu sob influência da tecnologia e a encara com a maior naturalidade."
Partindo dessa afirmação, eu continuo fazendo a mesma pergunta em 2013:
Como deve ser a escola ideal para atender aos anseios das "crianças digitais"?
Publicado em: 01 de Junho de 2005
A geração atual já nasceu sob influência da tecnologia e a encara com a maior naturalidade. Se é assim, como deve ser a escola ideal para atender aos anseios das "crianças digitais"? E como devem ser preparados os professores?
Partindo desta provocação, o educador australiano Greg Butler, diretor mundial de Estratégias, Soluções e Programas Educacionais da Microsoft, iniciou sua palestra no congresso de educação Educador 2005, realizado em São Paulo, em 19 de maio de 2005. Entre os 155 presentes, havia dezenas de coordenadores pedagógicos e professores.
Especializado em tecnologia na educação e um dos pioneiros na área de desenvolvimento profissional no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), Butler acredita que o modelo da escola atual, que não privilegia o saber anterior do aluno, é "pré-histórico".
"O aluno não é o mesmo de 30 anos atrás", argumenta. "Ele tem acesso a diferentes recursos tecnológicos em casa e um mundo de informações pela internet, e isso não pode ser ignorado".
De acordo com o diretor da Microsoft, o problema reside no fato de que o professor precisa aceitar que vivemos em uma sociedade diferente. Mais do que nunca, ele deve atuar como um "facilitador" de ensino, em sintonia com as necessidades reais de seus alunos e procurando se ajustar à realidade atual.
Isso inclui estarem capacitados para lidar com modernos recursos tecnológicos e procurar formas de integrá-los às atividades pedagógicas. "Esta é a nova posição que o educador deve se colocar: de aprendiz", diz.
"O que acontece hoje é que os alunos estão frustrados com os obstáculos que encontram na escola com relação às inovações tecnológicas", analisa Butler.
Ana Teresa Ralston, gerente de Programas Educacionais da Microsoft, concorda: "Nosso jovem está pensando diferente, com recursos diferentes. Por isso, o professor deve estar em contínua transformação", diz. "Mas é bom verificar que muitos já seguem em constante aprendizado", sublinha.
E é nesse contexto de transformação que deve se localizar também a escola das "crianças digitais". Como um espaço propício à aquisição do conhecimento, mas com plena consciência do potencial extra-classe de seus aluns.
Fotos: Sorria Produtora
Reportagem: Vivian Ragazzi
Reportagem: Vivian Ragazzi
O futuro da educação
Publicado em: 01 de Junho de 2005
Depois de apresentar a palestra "Como a tecnologia pode levar alunos e professores a atingir seu potencial pleno" para uma atenta platéia no congresso Educador 2005, em São Paulo, em 19 de maio de 2005, o australiano Greg Butler, diretor mundial de Estratégias, Soluções e Programas Educacionais da Microsoft, falou sobre a iniciativa mundial de Educação Parceiros na Aprendizagem, promovida pela Microsoft.
Em relação ao Brasil, Greg é enfático e ressalta a importância do engajamento de alunos e professores nos processos educacionais adotados pela iniciativa. "As ações realizadas por aqui, como os programas Aluno Monitor e Aprender em Parceria (coaching educacional), têm potencial de se tornarem ainda maiores".
Confira a entrevista concedida por Greg Butler:
Qual sua avaliação sobre o andamento da iniciativa Parceiros na Aprendizagem no mundo, especialmente na BRIC [sigla que denomina o grupo de países formados por Brasil, Rússia, Índia e China?
Em cada país, objetivos parecidos, diferentes modelos. Na China, foi realizado um programa em conjunto com o Ministério da Educação. Construímos o que consideramos que devem ser salas "modelo" para o aprendizado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) em centenas de províncias.
Na Índia, o governo estava procurando capacitar os professores para que explorassem suas habilidades no uso das TICs, principalmente para auxiliar os alunos a conseguirem certificações. A solução foi construir outras unidades do IT Academy Center, nos quais estão sendo realizadas capacitações intensivas para professores.
Na Rússia existe uma forte procura pelas habilidades técnicas. Por um bom tempo os russos estiveram um pouco isolados das novidades tecnológicas, mas agora seguem seu caminho. Estão sobretudo envolvidos com projetos de e-learning, um modelo que vem obtendo êxito por lá.
Qual sua visão em relação aos programas educacionais adotados pela Microsoft Brasil?
Na minha opinião, o Brasil realiza um ótimo trabalho. Tudo que está sendo desenvolvido por aqui, como o Programa Aluno Monitor, oAprender em Parceria foi fruto de muita preparação e estudos. Acredito que as ações educacionais no país têm grande potencial de se tornarem ainda maiores.
O senhor mencionou o Programa Aluno Monitor. Para muitos jovens de escolas públicas brasileiras, esta é a primeira chance de estarem em contato com os computadores, além de terem a oportunidade de auxiliar professores e colegas...
Uma das coisas que temos consciência é de que o acesso à tecnologia em algumas regiões é muito difícil. Uma das alternativas é ir até a escola, analisar a situação e dar apoio para que a tecnologia seja incorporada. Percebemos grandes mudanças em todo o ambiente escolar a partir do momento que essas novidades se instalam.
Em pouco tempo, eles conhecem as máquinas por completo, chegando a níveis avançados de conhecimento. Ficamos muito satisfeitos em poder prover esse acesso, porque são jovens de famílias com dificuldades, que normalmente não teriam condições de proporcionar este tipo de investimento em educação.
Como o Programa Aprender em Parceria poderia ajudar a criar uma cultura mais colaborativa entre professores?
A filosofia do Aprender em Parceria não é nova. Professores são seres sociáveis. Quando têm alguma dúvida, eles procuraram seus colegas que conhecem mais profundamente estes assuntos, para juntos encontrarem novas soluções.
Para isso, adaptamos esse modelo tradicional e estamos ampliando. Nossa contribuição é trazer a tecnologia para integrar o trabalho dos professores nestes momentos de parceria.
De que forma motivar os professores para trabalhar em pares?
Em qualquer escola, existem professores com perfil de líder, que geralmente são as pessoas mais ouvidas e que podem exercer boa influência sobre as outras, contagiando o ambiente escolar.
Este é o desafio. Por meio desse tipo de abordagem, de encorajamento das lideranças, procuramos construir a capacidade dos professores de agir como impulsionadores de uma cultura mais colaborativa.
Fotos: Sorria Produtora
Fontes: http://www.microsoft.com/brasil/educacao/parceiro/palestra_greg_final.mspx
http://www.microsoft.com/brasil/educacao/parceiro/palestra_greg.mspx
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