segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

DICA DE 6 SITES PARA INTERCÂMBIO LINGUÍSTICO ON LINE



Aproveite a dica a seguir oferecida pelo Canal do Ensino para encontrar estrangeiros disposto a praticar idioma nativo.

Por meio de aplicativos de vídeo, imagem e voz d
isponibilizados por programas de chats do Google ou da Microsoft, a possibilidade de um intercâmbio linguístico entre povos que vivem em diferentes países e querem praticar idiomas estrangeiros já é possível.

O que era difícil era encontrar o parceiro disposto a fazer o intercâmbio na web.

Para preencher essa lacuna, vários sites resolveram juntar numa mesma plataforma interessados a praticar a fluência em línguas estrangeiras on line.


Confira a seguir à Lista de 6 sites que facilitam o encontro de interessados no intercâmbio linguístico:


Tandem é o nome da aprendizagem colaborativa entre estudantes de línguas estrangeiras. Utilizando aplicativos de voz, imagem e vídeo, como Windows Live Messenger ou Skype, dois participantes se encontram online em horários pré-combinados para se ajudarem reciprocamente no estudo de dois idiomas. A página Ciber Cursos busca falantes da língua portuguesa para trocar aulas com estrangeiros de outros idiomas.


Meetspeak é um site aberto para estudantes de línguas em geral encontrarem parceiros que possam fazer interações com falantes de outros idiomas ao redor do mundo.


Tandem City

Tandem City é uma comunidade online para quem procura parceiros para melhorar a fluência em um idioma; há recursos disponíveis para o aprendizado de várias línguas, como inglês, espanhol, alemão e italiano.



Tandem Exchange é um site aberto em que o interessado indica quais são os idiomas que sabe falar e quais quer melhorar. Se não houver parceiros com o perfil, é preciso aguardar um pouco.


Tandem Europa

Tandem Europa oferece a oportunidade de encontrar estudantes em vários idiomas. Além de alemão, inglês, espanhol, francês e italiano, podem ser feitas interações com falantes de dinamarquês, norueguês, sueco e polonês, entre outras línguas.


My Language Exchange

My Language Exchange além de ajudar a encontrar parceiros para a troca na aprendizagem de um idioma estrangeiro, o site tem algumas ferramentas bacanas para os parceiros de Tandem, como links para o tradutor do Google, para baixar aplicativos de voz e games de palavras.





SAIBA COMO AJUDAR SEU FILHO SUPERDOTADO EM ENCONTRO DIA 08/03/2017






Você tem grandes indicativos de que seu filho é muito inteligente?

Seu filho foi identificado como superdotado?

Se essa for a situação, há grandes chances de você, muitas vezes, se sentir desesperado por orientações seguras de como realizar essa caminhada com acerto. Enquanto seus amigos podem olhar com respeito alguns progressos do seu filho, só você sabe as dificuldades associadas à criação de uma criança superdotada.

Ser um pai de um superdotado traz um conjunto de desafios e provas, e é importante estar pronto para enfrentar esses desafios.


Você vai encontrar a síntese de 10 alertas úteis para seguir no caminho, às vezes obscuro, de ser responsável por um filho superdotado.

1. Faça a avaliação do seu filho.
Se você ainda não o fez, é importante que seu filho seja avaliado. Somente com essa certeza você poderá caminhar com segurança pessoal e legal.

2. Verifique se a escola de seu filho tem uma visão educacional para compreender os alunos superdotados.
Uma vez que seu filho passou por um processo de avaliação, você pode ter maior respaldo legal para conversar com a escola e buscar o atendimento adequado às necessidades educacionais que ele apresenta.

3. Procure programas extracurriculares interessantes.
Muitas vezes, os recursos que as escolas são capazes de oferecer são limitados. Se este for o caso de seu filho, não desanime! Existem programas educacionais que oferecem oportunidades para o aluno superdotado ser desafiado de maneiras que ele normalmente não encontra em sua sala de aula, além de outros recursos disponíveis para complementar o currículo escolar e orientações de que você pode obter com bons profissionais.

4. Seja realista em suas expectativas.
Como pai de um superdotado, é fácil se acostumar com a realização de seu filho. Embora seja emocionante ver excelência em várias áreas, não é razoável acreditar que seu filho será excepcional em todas as esferas da vida. É importante reconhecer e elogiar as conquistas de seu filho, entretanto é igualmente importante que você esteja lá quando ele precisar de alguma ajuda ou apoio extra.

5. Seja o melhor advogado para seu filho.
Como pai, você é o defensor mais importante de seu filho. Isto é especialmente verdadeiro nas situações escolares e nas demais atividades que ele frequentar.

6. Favoreça oportunidades para a expressão criativa.
Muitas vezes, os superdotados são incrivelmente criativos. Seu filho pode ter uma imaginação vívida e apreciar artes visuais e de criação. Encontre uma saída para a criatividade do seu filho.

7. Ajude o seu filho a melhorar suas habilidades sociais.
Você deve observar que a personalidade de um superdotado cria frequentemente uma tensão em seus relacionamentos sociais. Traços positivos, como um forte senso de justiça ou o prazer de argumentar, podem ser percebidos negativamente pelos pares.

8. Permita que seu filho lute pelo que quer.
Outro traço de personalidade comum em superdotados é o medo do fracasso. Superdotados estão acostumados a aprender de forma rápida, no entanto, acabarão encontrando algo (um assunto, um instrumento, uma atribuição, etc) que será difícil dominar. Quando isso acontecer, esteja preparado para incentivá-lo e apoiá-lo, mas resista à vontade de deixá-lo desistir.

9. Fale com outros pais.
É sempre útil falar com os pais que estão "no mesmo barco". Trocar experiências com outras famílias pode ser um recurso inestimável. Os pais de crianças superdotadas podem encontrar muito apoio conversando uns com os outros e compartilhando recursos.

10. Incentive seu filho.
Quando seu filho olhar para trás recordando a infância, você quer que ele se lembre que você era seu maior fã. Cada estágio de desenvolvimento virá com seu próprio conjunto de desafios, mas com o seu amor e apoio, o seu filho superdotado irá florescer.

(Baseado no texto de Rick e Teena Kamal )


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DIA 08 DE MARÇO, ÀS 20 HORAS,
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

ENTENDA A PROPOSTA DE REFORMA NO ENSINO MÉDIO


Estudantes de ensino médio no Rio de Janeiro

Extraído de http://www.ebc.com.br/educacao/2016/10/entenda-reforma-do-ensino-medio

Criado em 19/10/16 16h16 e atualizado em 20/10/16 15h28
Por Patrícia Serrão


O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional, no dia 22 de setembro, a Medida Provisória (MP) 746/2016 para reestruturação do ensino médio. 

A mudança chamou atenção e provocou discussões no país ao incluir a possibilidade de escolha de diferentes trilhas de formação tradicional e técnica, educação integral e autorizar a contratação de professores sem licenciatura, mas que apresentem "notório saber".

O que está em discussão?

Saiba quais são as principais mudanças previstas na MP:

- Promove alterações na estrutura do ensino médio, última etapa da educação básica, por meio da criação da Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.

- Amplia a carga horária mínima anual do ensino médio, progressivamente, para 1.400 horas.

- Determina que o ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio.

- Restringe a obrigatoriedade do ensino da arte e da educação física à educação infantil e ao ensino fundamental, tornando as facultativas no ensino médio.

- Torna obrigatório o ensino da língua inglesa a partir do sexto ano do ensino fundamental e nos currículos do ensino médio, facultando neste, o oferecimento de outros idiomas, preferencialmente o espanhol.

- Permite que conteúdos cursados no ensino médio sejam aproveitados no ensino superior.

- O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular - BNCC e por itinerários formativos específicos definidos em cada sistema de ensino e com ênfase nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional.

- Dá autonomia aos sistemas de ensino para definir a organização das áreas de conhecimento, as competências, habilidades e expectativas de aprendizagem definidas na BNCC.

Ao publicar a MP, no entanto, ficou estabelecido que a questão será decidida pela Base Nacional Comum Curricular, que ainda não foi definida. Por enquanto, essas disciplinas continuam obrigatórias nos atuais currículos.

A Base Nacional Comum Curricular é um documento que tem o objetivo de nortear e definir o conteúdo que os alunos deverão aprender a cada etapa de ensino. A base específica para o ensino médio começará a ser discutida em outubro, de acordo com o Ministério da Educação (MEC) e deverá ser finalizada até meados do ano que vem.


A partir de quando o ensino médio vai mudar?

As mudanças seriam implementadas somente a partir de 2018, de acordo com o texto da MP, no segundo ano letivo subsequente à data de publicação da Base Curricular, mas podendo ser antecipado para o primeiro ano, desde que com antecedência mínima de 180 dias entre a publicação da Base Nacional e o início do ano letivo. Ou seja, nada muda nos atuais currículos.

A expectativa é de que essas mudanças comecem a ser aplicadas a partir de 2017, de acordo com a capacidade de cada rede de ensino. 

A MP do Ensino Médio já recebeu mais de 560 propostas de mudanças no texto.

A reforma do ensino médio passou a ser priorizada pelo governo após o Brasil não ter conseguido, por dois anos consecutivos, cumprir as metas estabelecidas. De acordo com dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do ensino no país, o ensino médio é o que está em pior situação quando comparado às séries iniciais e finais da educação fundamental: a meta do ano era de 4,3, mas o índice ficou em 3,7.

Vinte e três estados já confirmaram que vão participar da Política de Fomento à Implantação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, de acordo com o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Rosseli Soares.

A expectativa do secretário de Educação Básica é que todos os estados manifestem interesse em aderir à política. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024, 50% dos matriculados cumprirão jornada escolar em tempo integral de, no mínimo, sete horas por dia. De acordo com o MEC, a pasta investirá R$ 1,5 bilhão para ofertar o ensino integral a 500 mil jovens até 2018.

O MEC vai repassar aos estados R$ 2 mil ao ano por aluno da educação integral pelo período de quatro anos. Rosseli Soares disse que esse é um recurso para fomentar a implementação da educação integral e a ideia é que, durante esse período, os estados se planejem para assumir as despesas.
Protestos

Um projeto de lei que tramitava na Câmara dos Deputados já previa algumas das mudanças no currículo do ensino médio. A edição de medida provisória foi criticada por grupos e entidades ligadas à educação, que defendem uma maior discussão das mudanças.

Mais de 600 escolas no Paraná aderiram aos protestos contra a MP, segundo a União Paranaense de Estudantes Secundaristas (UPES) nove universidades e dois Núcleos de Educação também estão ocupados. O movimento Ocupa Paraná anunciou que pretende ocupar mais escolas para pressionar o governador do estado, Beto Richa, a realizar uma conferência em que os estudantes poderão apresentar uma contraproposta à MP do Ensino Médio . Além da mobilização dos estudantes, os professores do estado decidiram entrar em greve. Os docentes criticam a reforma no ensino médio e a proposta de emenda à Constituição 241/2016, que restringe os gastos da União, além de pedirem melhores condições de trabalho.

Além dos alunos do Paraná a Medida provisória do Novo Ensino Médio sofreu resistência na primeira audiência pública na Comissão de Educação na Câmara dos Deputados. Entidades da sociedade civil presentes pediram a rejeição da MP, tanto pela falta de discussão quanto pelo conteúdo. Os profissionais de São Paulo também criticaram a medida. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgaram no último dia 30 um manifesto contra a MP do Ensino Médio durante evento na capital paulista, que reuniu profissionais e entidades nacionais e estaduais, além de órgãos do magistério por webconferência.

O manifesto repudia a iniciativa do governo federal de promover, por meio da Medida Provisória 746/2016, uma reforma no Ensino Médio sem que houvesse debate ou consulta à sociedade. A MP reestrutura e flexibiliza o ensino médio no país e foi anunciada pelo governo federal no dia 22.
Urgência

A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães, defendeu a urgência de uma reforma como justificativa para a edição de uma MP e ressaltou que a questão é discutida há anos. "A ideia de MP foi no sentido de coroar o processo de debate intenso que há muito se arrasta no Brasil". Ela destacou também a importância de aprimorar a MP com o debate no Congresso.

Maria Helena Guimarães disse que as disciplinas não foram excluídas e sim que a MP transferiu para a Base Nacional Comum Curricular - que está atualmente em discussão - o que deverá ser ensinado nas escolas. De acordo com o MEC, não há sinalização que os conteúdos deixarão de fazer parte do ensino médio ou que serão retirados da Base, que definirá também as diretrizes da formação dos professores. Mais cedo, em coletiva de imprensa, Maria Helena ressaltou que a MP só será colocada em prática a partir de 2018, que isso só ocorrerá após a aprovação da Base.


CRIANÇAS INTELIGENTES SE DISTRAEM COM MAIS FACILIDADE




Publicado em 19/02/2017 em uptokids

Um estudo realizado no Reino Unido, revela que as pessoas mais inteligentes apresentam menor capacidade de concentração

Desde crianças que nos exigem concentração. Foco. Na escola, nas brincadeiras, nos desportos, em tudo o que fazemos, temos de nos mostrar concentrados. Uma criança que disperse de uma ação com facilidade será, na melhor das hipóteses, conotada como uma criança distraída. Quando as distrações são recorrentes, as crianças são sinalizadas pela escola, para que seja feita uma avaliação psicológica.

Crianças com uma capacidade intelectual superior podem ter mais dificuldades em se concentrar devido, entre outras coisas, à grande quantidade de ideias que fervilham nos seus pequenos cérebros.

Por que razão as crianças mais inteligentes se distraem com mais facilidade?

Steelcase, uma companhia de soluções de trabalho no Reino Unido analisou os resultados elaborados por neurologistas e investigadores cognitivos com trabalhadores de diferentes empresas. O estudo revelou que as pessoas mais inteligentes podem ter mais dificuldades em decidir que ideias priorizar, conduzindo-as à distração e afetando a capacidade para suportar e concluir múltiplas tarefas. 

Assim, os cérebros mais inteligentes podem ‘ficar aquém do potencial esperado’, já que ao contrário de render mais, tendem a distrair-se com coisas como fazer um telefonema pessoal, perder-se nas redes sociais, arrumar uma gaveta, tentar ver o que faz o colega, prestar atenção a um som estranho que vem da rua…etc

O baixo rendimento pode, também, ser uma constante em crianças com capacidades intelectuais superiores quando:

– Se distraem com muita facilidade.

O cérebro destas crianças entende tudo, a toda a hora e em qualquer situação, por isso podem sofrer sobrecargas emocionais e sensoriais. São desorganizadas, não prestam atenção às coisas mais comuns e mais práticas do dia a dia, processam de forma mais lenta a informação menos relevante e por vezes bloqueiam quando o seu cérebro está cansado. É muito comum que pareça que nem sequer estão a ouvir quando se fala com elas. Parecem estar no mundo da lua, mas muitas vezes estão num pensamento muito mais desafiador do que a conversa que estava a decorrer.


– São altamente criativas e percebem as sensações de forma aumentada.

Todos os seus sentidos, ouvido, tato, visão, paladar e olfato, estão muito mais desenvolvidos. Por isso é normal que a sua atenção esteja dirigida a coisas que passam despercebidas aos restantes, e que funcionam como inputs para o desenvolvimento de soluções intuitivas e inovadoras.


– Muitas vezes chegam a ser diagnosticadas como TDAH.

São, frequentemente, crianças muito agitadas, inquietas e têm uma inesgotável necessidade de realizar um sem fim de atividades. A quantidade de estímulos que recebem e a vontade de dar resposta a todos, faz com que se tornem crianças mais agitadas e impacientes.


– Se fartam rapidamente das atividades propostas.

Nestas crianças é usual o tédio leva-las a desconectar-se de forma a parecerem distraídas. Gostam de aceitar novos desafios, mas são impacientes ao ponto de se desinteressarem quando algo leva muito tempo a concluir. No fundo já entenderam o processo, e não sentem necessidade de realizar a tarefa até ao fim, principalmente quando há tantos estímulos à sua volta a desafia-las.

A distração é usualmente conotada como um defeito, mas na verdade é uma reação do cérebro ao descanso, a deixar de fazer uma tarefa que não lhe agrada, a querer avançar noutros aspectos

Os neurónios do lóbulo parietal superior do cérebro, são os responsáveis por estas distrações: quanto mais matéria cinzenta temos, maior a propensão a sermos distraídos. Com a idade e o amadurecimento do cérebro, diversos neurónios e conexões nervosas são destruídos, refletindo-se numa maior capacidade de concentração em adultos.

Por isso, se lhe dizem constantemente que o seu filho está na Lua, não se preocupe: ele há-de voltar ao planeta Terra e possivelmente com muito mais certezas do que nós!

Por Alba Caraballo adaptado por Up To Kids®, baseado em A mente é maravilhosa

Extraído de http://uptokids.pt/opiniao/criancas-mais-inteligentes-distraem-se-mais/

DICAS DE COMO TRABALHAR COM PRODUÇÃO DE TEXTO COM SEUS ALUNOS


Como trabalhar Produção de Texto

Extraído de: http://www.soescola.com/2016/10/como-trabalhar-producao-de-texto.html


Produção de textos por si só, não faz com que o aluno evolua no seu processo de criação, mas sim a qualidade de intervenção que lhe é dada.


Atualmente vejo muitas profissionais trabalhando Produção de Texto oferecendo condições para que o aluno produza dentro de um gênero.


SUGESTÕES DE REGISTRO PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS

A análise da escrita deve acontecer tanto por parte dos alunos,quanto principalmente dos professores, pois é através da avaliação que o professor faz da produção de cada aluno que ele traçará metas e estratégias a serem desenvolvidas com o aluno/turma.


REGISTRO PARA O ALUNO 

É muito bom que o aluno possa avaliar a sua produção de texto, descobrindo por si mesmo o que pode ser melhorado. Por isso segue abaixo uma sugestão de ficha de avaliação de texto que pode ser ampliada e modificada de acordo com o texto produzido e a turma em questão.


AVALIANDO MINHA PRODUÇÃO

1. Coloquei título ?
2. O título está adequado ao texto?
3. Os parágrafos estão alinhados?
4. Minha produção está com um bom aspecto?
5. A letra está legível?
6. O tipo de texto que usei está de acordo com a proposta?
7. Usei a estrutura correta para esse tipo de texto?
8. Usei os sinais de pontuação adequados?
9. Fiz a correção da ortografia?
10.As frases estão claras?
11. O texto apresenta seqüência lógica (início, meio e fim)?

Essa ficha pode ser feita, uma para cada aluno, como empréstimo, para que ele possa consultar e avaliar sua produção (colar em cartolina). O professor também pode utilizá-la para avaliar as produções dos alunos e assim, ter dados para tabular as dificuldades que cada aluno encontrou ao realizar a produção.


FICHA DE VERIFICAÇÃO – PRODUÇÃO DE TEXTOS

Esse é mais um recurso que o professor deverá utilizar para tabular e detectaras dificuldades encontradas na produção de textos dos alunos. Detectados os problemas, o professor buscará estratégias, como a revisão coletiva ou individual dos textos, para aprimorar a escrita.
Essa ficha também é um modelo para o professor e pode ser modificada de acordo com a necessidade e perfil da turma.




Como trabalhar Produção de Texto


TRATAMENTO DIDÁTICO

Abaixo,estão relacionados alguns procedimentos didáticos para implementar uma prática continuada de produção de textos na escola:

1· oferecer textos escritos impressos de boa qua­lidade, por meio da leitura (quando os alunos ainda não lêem com independência, isso se torna possível mediante leituras de textos realizadas pelo professor, o que precisa, tam­bém,ser uma prática continuada e freqüen­te); São esses textos que podem se converter em referências de escrita para os alunos;(Na biblioteca iremos conseguir um acervo de livros literários, mas podemos pedir aos alunos que tragam de casa outros tipos de textos: informativos,instrucionais, entre outros. Podemos também oferecer aos alunos diferentes tipos de textos nas atividades xerocadas).

2· solicitar aos alunos que produzam textos mui­to antes de saberem grafá-los. Ditar para o professor, para um colega que já saiba escre­ver ou para ser gravado para ser ver em um vídeo é uma forma de viabilizar isso. Quando ainda não se sabe escrever, ouvir alguém lendo o texto que produziu é uma experiência importante;(É um bom trabalho para ser realizado na Ed. Infantil).

3· propor situações de produção de textos, em pequenos grupos, nas quais os alunos com­partilhem as atividades, embora realizando di­ferentes tarefas: produzir propriamente, grafar e revisar. Essa é uma estratégia didáti­ca bastante produtiva porque permite que as dificuldades inerentes à exigência de coor­denar muitos aspectos ao mesmo tempo se­jam divididas entre os alunos. Eles podem, momentaneamente, dedicar-se a uma tarefa mais específica enquanto os outros cuidam das demais.São situações em que um aluno produz e dita a outro, que escreve, enquanto um terceiro revisa, por exemplo. Experimen­tando esses diferentes papéis enunciativos, envolvendo-se com cada um, a cada vez, numa atividade colaborativa, podem ir construindo sua competência para mais tarde realizar sozinhos todos os procedimentos envolvidos numa produção de textos.(A Oficina de textos é um trabalho muito rico. Antes do professor corrigir o texto que o aluno produziu, os colegas irão ler o texto, um dos outros e sugerir para o autor a correção necessária.Assim, discutindo, eles farão a revisão do texto e estarão em contato com diferentes formas de escrever – isso é um grande aprendizado. Peçam aos alunos que assinem o nome nas produções que leram. Depois desse trabalho de revisão, em diferentes duplas, o professor corrige o texto do aluno, utilizando os critérios de correção apresentados a seguir e o aluno irá redigi-lo fazendo as correções necessárias. A apresentação da sua produção para a apreciação é uma estratégia importante tanto para o aluno que apresenta, quanto para os alunos que são a platéia.Acredito que esse é um trabalho completo de produção de texto, mas que deve ser desenvolvido nas turmas que já construíram a base alfabética da escrita; caso contrário, não estaremos respeitando o processo de aquisição da leitura/escrita).


SITUAÇÕES DE CRIAÇÃO

Quando se pretende formar escritores competentes, é preciso também oferecer condições de os alunos criarem seus próprios textos e de avaliarem o percurso criador. Evidentemente, isso só se torna possível se tiverem constituído um amplo repertório de modelos, que lhes permita recriar, criar, recriar as próprias criações. É importante que nunca perca de vista que não há como criar do nada: é preciso ter boas referências. Por isso, formar bons escritores depende não só de uma prática continuada de produção de textos, mas de uma prática constante de leitura. (A leitura é imprescindível para a escrita, tanto no seu aspecto notacional quanto no funcionamento da linguagem).

Uma forma de trabalhar a criação de textos são as oficinas ou ateliês de produção, (como já foi especificado anteriormente). Uma oficina é uma situação didática onde a proposta é que os alunos produzam textos tendo à disposição diferentes materiais de consulta, em função do que vão produzir.
A possibilidade de avaliar o percurso criador é importante para a tomada de consciência das questões envolvidas no processo de produção de textos.Isso é algo que depende de o professor fazer com que os alunos exponham suas preferências, dificuldades ou as alternativas escolhidas e abandonadas. Esse trabalho de explicitação permite que, com o tempo, os procedimentos de análise propostos pelo professor se incorporem à prática de reflexão do aluno, favorecendo um controle maior sobre seu processo criador. Uma contribuição importante é conhecer o processo criador de outros autores, seja por meio de um contato direto, seja por meio de textos por eles escritos sobre o tema ou de vídeos, entre­vistas,etc.

Finalmente,é importante destacar que nem todos os conteúdos são possíveis de serem trabalhados por meio de propostas que contextualizem a escrita de textos: às vezes, é preciso escrever unica­mente para aprender. O importante, de qualquer forma, é dar sentido às atividades de escrita.

Por outro lado, considerar o texto como unidade básica do ensino de Língua Portuguesa não significa que, eventualmente, não seja neces­sário analisar unidades como as palavras e até mesmo as sílabas.


Produção de texto: como ensinar os alunos a escrever de verdade:

Para produzir textos de qualidade, seus alunos têm de saber o que querem dizer, para quem escrevem e qual é o gênero que melhor exprime essas ideias. A chave é ler muito e revisar continuamente.

Narração, descrição e dissertação. Por muito tempo, esses três tipos de texto reinaram absolutos nas propostas de escrita. Consenso entre professores, essa maneira de ensinar a escrever foi uma das principais responsáveis pela falta de proficiência entre nossos estudantes. O trabalho baseado nas famosas composições e redações escolares tem uma fragilidade essencial: ele não garante o conhecimento necessário para produzir os textos que os alunos terão de escrever ao longo da vida. "Nessa abordagem, ninguém considerava quem seriam os leitores. Não havia a ref lexão sobre a melhor estratégia para colocar uma ideia no papel", resume Telma Ferraz Leal, da Universidade Federal de Pernambuco.

Para aproximar a produção escrita das necessidades enfrentadas no dia-a-dia, o caminho atual é enfocar o desenvolvimento dos comportamentos leitores e escritores. Ou seja: levar a criança a participar de forma eficiente de atividades da vida social que envolvam ler e escrever. Noticiar um fato num jornal, ensinar os passos para fazer uma sobremesa ou argumentar para conseguir que um problema seja resolvido por um órgão público: cada uma dessas ações envolve um tipo de texto com uma finalidade, um suporte e um meio de veiculação específicos. Conhecer esses aspectos é condição mínima para decidir, enfim, o que escrever e de que forma fazer isso. Fica evidente que não são apenas as questões gramaticais ou notacionais (a ortografia, por exemplo) que ocupam o centro das atenções na construção da escrita, mas a maneira de elaborar o discurso.

Há outro ponto fundamental nessa transformação das atividades de produção de texto: quem vai ler. E, nesse caso, você não conta. "Entregar um texto para o professor é cumprir tarefa", argumenta Fernanda Liberali, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "Escrever não é fácil. Para que o aluno fique estimulado com a proposta, é preciso que veja sentido nisso." O objetivo é fazer com que um leitor ausente no momento da produção compreenda o que se quis comunicar - e esse desafio requer diferentes aprendizagens.

O primeiro passo é conhecer os diversos gêneros. Mas é preciso atenção: isso não significa que os recursos discursivos, textuais e linguísticos dos contos de fadas e da reportagem, por exemplo, sejam conteúdos a apresentar aos alunos sem que eles os tenham identificado pela leitura, como ressalta Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola. Um primeiro risco é o de cair na tentação de transmitir verbalmente as diferentes estruturas textuais. De acordo com a pesquisadora em didática, cabe a todo professor permitir que as crianças adquiram os comportamentos do leitor e do escritor pela participação em situações práticas e não "por meras verbalizações".

Ensinar a produzir textos nessa perspectiva prevê abordar três aspectos principais: a construção das condições didáticas, a revisão e a criação de um percurso de autoria, como se pode ver a seguir.

Os textos redigidos em classe precisam de um destinatário

"Escreva um texto sobre a primavera." Quem se depara com uma proposta como essa imediatamente deveria se fazer algumas perguntas. Para quê? Que tipo de escrita será essa? Quem vai lê-la? Certas informações precisam estar claras para que se saiba por onde começar um texto e se possa avaliar se ele condiz com o que foi pedido. Nas pesquisas didáticas de práticas de linguagem, essas delimitações denominam-se condições didáticas de produção textual. No que se refere ao exemplo citado, fica difícil responder às perguntas, já que esse tipo de redação não existe fora da escola, ou seja, não faz parte de nenhum gênero.

De acordo com Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz, o trabalho com um gênero em sala de aula é o resultado de uma decisão didática que visa proporcionar ao aluno conhecê-lo melhor, apreciá-lo ou compreendê-lo para que ele se torne capaz de produzi-lo na escola ou fora dela. No artigo Os Gêneros Escolares - Das Práticas de Linguagem aos Objetos de Ensino, os pesquisadores suíços citam ainda como objetivo desse trabalho desenvolver capacidades transferíveis para outros gêneros.

Para que a criança possa encontrar soluções para sua produção, ela precisa ter um amplo repertório de leituras. Essa possibilidade foi dada à turma de 9º ano da professora Maria Teresa Tedesco, do Centro de Educação e Humanidades Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - conhecido como Colégio de Aplicação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Procurando desenvolver a leitura crítica de textos jornalísticos e o conhecimento das estruturas argumentativas na produção textual, ela propôs uma atividade permanente: a cada semana, um grupo elegia uma notícia e expunha à turma a forma como ela tinha sido tratada nos jornais. Depois, seguia-se um debate sobre o tema ou a maneira como as reportagens tinham sido veiculadas.

Paralelamente, os estudantes tiveram contato com textos de finalidades comunicativas diversas no jornal, como cartas de leitores, editoriais, artigos opinativos e horóscopo. "O objetivo era que eles analisassem os materiais, ref letissem sobre os propósitos de cada um e adquirissem um repertório discursivo e linguístico", conta Maria Teresa, que lançou um desafio: produzir um jornal mural.

A proposta era trabalhar com textos opinativos, como os editoriais. Para que a escrita ganhasse sentido, ela avisou que o jornal seria afixado no corredor e que toda a comunidade escolar teria acesso a ele. Os assuntos escolhidos tratavam das principais notícias do momento, como o surto de dengue no Rio de Janeiro e a discussão sobre a maioridade penal. Com as características do gênero já discutidas e frescas na memória, todos passaram à produção individual.

A primeira versão foi lida pela professora. "Sempre havia observações a fazer, mas eu deixava que os próprios meninos ajudassem a identificar as fragilidades", diz Maria Teresa. Divididos em pequenos grupos, os alunos revisaram a produção de um colega, escrevendo um bilhete para o autor com sugestões e avaliando se ela estava adequada para publicação. Eram comuns comentários como "argumento fraco", "pouco claro" e "falta conclusão", demonstrando o repertório adquirido com a leitura dos modelos.

"Envolver estudantes de 6º a 9º ano na produção textual é um grande desafio", ressalta Roxane Rojo, da Universidade Estadual de Campinas. "Muitas vezes, eles tiveram de produzir textos sem função comunicativa durante a escolaridade inicial e, por acreditarem que escrever é uma chatice, são mais resistentes." Atenta, Maria Teresa soube driblar esse problema. Percebendo que a turma andava inquieta com a proibição por parte da direção do uso de short entre as meninas, a professora fez disso tema de um editorial do jornal mural - a produção foi uma das melhores propostas do projeto.

"Para que alguém se coloque na posição de escritor, é preciso que sua produção tenha circulação garantida e leitores de verdade", diz Roxane. E todos saberiam a opinião do aluno sobre a questão, inclusive a diretoria. "Só assim ele assume responsabilidade pela comunicação de seu pensamento e se coloca na posição do leitor, antecipando como ele vai interpretá- lo." A argumentação da garotada foi tão bem estruturada que a diretoria resolveu voltar atrás e liberar mais uma vez o uso da roupa entre as garotas.

A criação de condições didáticas nas propostas para as turmas de 1º a 5º ano segue os mesmos preceitos utilizados pela professora Maria Teresa. "Em qualquer série, como na vida, produzir um texto é resolver um problema", ensina Telma Ferraz Leal. "Mas para isso é preciso compreender quais são os elementos principais desse problema."

Revisão vai além da ortografia e foca os propósitos do texto

Produzir textos é um processo que envolve diferentes etapas: planejar, escrever, revisar e re-escrever. Esses comportamentos escritores são os conteúdos fundamentais da produção escrita. A revisão não consiste em corrigir apenas erros ortográficos e gramaticais, como se fazia antes, mas cuidar para que o texto cumpra sua finalidade comunicativa. "Deve-se olhar para a produção dos estudantes e identificar o que provoca estranhamento no leitor dentro dos usos sociais que ela terá", explica Fernanda Liberali.

Com a ajuda do professor, as turmas aprendem a analisar se ideias e recursos utilizados foram eficazes e de que forma o material pode ser melhorado. A sala de 3º ano de Ana Clara Bin, na Escola da Vila, em São Paulo, avançou muito com um trabalho sistemático de revisão. Por um semestre, todos se dedicaram a um projeto sobre a história das famílias, que culminou na publicação de um livro, distribuído também para os pais. Dentro desse contexto, Ana Clara propôs a leitura de contos em que escritores narram histórias da própria infância.

Os estudantes se envolveram na reescrita de um dos contos, narrado em primeira pessoa. Eles tiveram de re-escrevê- lo na perspectiva de um observador - ou seja, em terceira pessoa. A segunda missão foi ainda mais desafiadora: contar uma história da infância dos pais. Para isso, cada um entrevistou familiares, anotou as informações colhidas em forma de tópicos e colocou tudo no papel.

Ana Clara leu os trabalhos e elegeu alguns pontos para discutir. "O mais comum era encontrar só o relato de um fato", diz. "Recorremos, então, aos contos lidos para saber que informações e detalhes tornavam a história interessante e como organizá-los para dar emoção." Cada um releu seu conto, realizou outra entrevista com o parente-personagem e produziu uma segunda versão.

Tiveram início aí diferentes formas de revisão - análise coletiva de uma produção no quadro-negro, revisão individual com base em discussões com o grupo e revisões em duplas - realizadas dias depois para que houvesse distanciamento em relação ao trabalho. A primeira proposta foi a "revisão de ouvido". Para realizá-la, Ana Clara leu em voz alta um dos contos para a turma, que identificou a omissão de palavras e informações. A professora selecionou alguns aspectos a enfocar na revisão: ortografia, gramática e pontuação. "Não é possível abordar de uma só vez todos os problemas que surgem", completa Telma.

Quando a classe de Ana Clara se dividiu em duplas, um de seus propósitos era que uns dessem sugestões aos outros. A pesquisadora argentina em didática Mirta Castedo é defensora desse tipo de proposta. Para ela, as situações de revisão em grupo desenvolvem a ref lexão sobre o que foi produzido por meio justamente da troca de opiniões e críticas. "Revisar o que os colegas fazem é interessante, pois o aluno se coloca no lugar de leitor", emenda Telma. "Quando volta para a própria produção e faz a revisão, a criança tem mais condições de criar distanciamento dela e enxergar fragilidades."

Um escritor proficiente, no entanto, não faz a revisão só no fim do trabalho. Durante a escrita, é comum reler o trecho já produzido e verificar se ele está adequado aos objetivos e às ideias que tinha intenção de comunicar - só então planeja- se a continuação. E isso é feito por todo escritor profissional.

A revisão em processo e a final são passos fundamentais para conseguir de fato uma boa escrita. Nesse sentido, a maneira como você escreve e revisa no quadro-negro, por exemplo, pode colaborar para que a criança o tome como modelo e se familiarize com o procedimento. Sobre o assunto, Mirta Castedo escreve em sua tese de doutorado: "Os bons escritores adultos (...) são pessoas que pensam sobre o que vão escrever, colocam em palavras e voltam sobre o já produzido para julgar sua adequação. Mas, acima de tudo, não realizam as três ações (planejar, escrever e revisar) de maneira sucessiva: vão e voltam de umas a outras, desenvolvendo um complexo processo de transformação de seus conhecimentos em um texto".

Ser autor exige pensar no enredo e na estrutura

O terceiro aspecto fundamental no trabalho de produção textual é garantir que a criança ganhe condições de pensar no todo. Do enredo à forma de estruturar os elementos no papel: é preciso aprender a dar conta de tudo para atingir o leitor. Esse processo denomina-se construção de um percurso de autoria e se adquire com tempo, prática e reflexão.

Os estudos em didática das práticas de linguagem fizeram cair por terra o pensamento de que a redação com tema livre estimula a criatividade. Hoje sabe-se que depois da alfabetização há ainda uma longa lista de aprendizagens. Foi considerando a complexidade desse processo que Edileuza Gomes dos Santos, professora da EM de Santo Amaro, no Recife, desenvolveu um projeto de produção de fábulas com a 3ª série.

Ela deu início ao trabalho investindo na ampliação do repertório dentro desse gênero literário. Só assim foi possível observar regularidades na estrutura discursiva e linguística, como o fato de que os animais são os protagonistas. "Escolhi esse gênero porque ele tem começo, meio e fim bem marcados, algo que eu queria desenvolver na produção da garotada."

A primeira proposta foi o reconto oral de uma fábula conhecida. "Isso envolve organizar ideias e pode ser uma forma de planejar a escrita", endossa Patricia Corsino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quando já dominamos todas as informações de uma narrativa, podemos focar apenas na forma de expor os elementos - mas esse é um grande desafio no início da escolaridade.

Na turma de Edileuza, as propostas seguintes foram a re-escrita individual e a produção de versões de fábulas conhecidas com modificações dos personagens ou do cenário. Aos poucos, todos ganharam condições de inventar situações. A professora percebeu que a turma não entendia bem o sentido da moral da história. Pediu, então, uma pesquisa sobre provérbios e seu uso cotidiano.

Com essa compreensão e um repertório de ditados populares, Edileuza sugeriu a criação de uma fábula individual. Ela discutiu com o grupo que elas geralmente têm como protagonistas inimigos tradicionais (cão e gato ou gato e rato, por exemplo). Estava colocada a primeira restrição para a produção. Em seguida, a classe relembrou alguns provérbios que poderiam ser escolhidos como moral nas histórias criadas.

Desde o início, todos sabiam que as produções seriam lidas por estudantes de outra escola, o que serviu de estímulo para bolar tramas envolventes. "Há uma diferença entre escrever textos com autonomia - obedecendo à estrutura do gênero, sem problemas ortográficos ou de coerência - e se tornar autor", diz Patrícia Corsino. "No primeiro caso, basta aprender as características do gênero e conhecer o enredo, por exemplo. No segundo, é preciso desenvolver ideias." Para chegar lá, a interação com professores e colegas e o acesso a um repertório literário são fundamentais.

Do 6º ao 9º ano, o processo de construção da autoria pode exigir desafios que sejam cada vez mais complexos: a elaboração de tensões na narrativa ou a participação em debates para desenvolver a argumentação, como fez a professora Maria Teresa, do Rio de Janeiro. "A re-escrita, primeiro passo para a construção da autoria, pode vir com propostas de produção de paródias, no caso dos maiores, que exigem mais elaboração por parte das turmas", diz Roxane Rojo. Uma boa forma de fazer circular textos nessa fase são os meios digitais, como blogs e a própria página do colégio na internet. Os jovens podem se responsabilizar por todas as etapas de produção, inclusive pela publicação, o que os estimula a aprimorar a escrita. Levar os estudantes a se expressar cada vez melhor, afinal, deve ser o objetivo de todo professor.

Expectativas de aprendizagem de escrita 

No que se refere à escrita, é importante que, no fim do 5º ano, o aluno saiba:
Re-escrever e/ou produzir textos de autoria utilizando procedimentos de escritor: planejar o que vai escrever considerando a intencionalidade, o interlocutor, o portador e as características do gênero; fazer rascunhos; reler o que está escrevendo, tanto para controlar a progressão temática como para melhorar outros aspectos - discursivos ou notacionais - do texto. 
Revisar escritas (próprias e de outros), em parceria com os colegas, assumindo o ponto de vista do leitor com intenção de evitar repetições desnecessárias (por meio de substituição ou uso de recursos da pontuação); evitar ambiguidades, articular partes do texto, garantir a concordância verbal e a nominal. 

Revisar textos (próprios e de outros) do ponto de vista ortográfico.

Ao concluir o 9º ano, o estudante precisa estar apto também a: 

Compreender e produzir uma variedade de textos, tendo em conta os padrões que os organizam e seus contextos de produção e recepção. 
Utilizar todos os conhecimentos gramaticais, normativos e ortográficos em função da otimização de suas práticas sociais de linguagem. 
Exercer sobre suas produções e interpretações uma tarefa de monitoramento e controle constantes. 
Interpretar e produzir textos para responder às demandas da vida social enquanto cidadão.


Fonte: Secretaria de Estado de Educação de São Paulo e Diseño Curricular de la Educación Secundaria da Província de Buenos Aires, Argentina


DIREITOS DA PESSOA COM AUTISMO

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O Artigo abaixo foi extraído do site http://neuroconecta.com.br, com o título "QUAIS DIREITOS DA PESSOA COM AUTISMO?", publicado em 08/02/2017


Garantir à pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) possibilidades de cuidar de si e interagir socialmente enquanto viver; estabelecer acesso à educação, informação, emprego e assistência em saúde – o que deve incluir atendimento multiprofissional, nutrição e terapêuticas adequadas, assim como medicações, quando necessário. 

Estes são alguns dos direitos estabelecidos para que haja inclusão e participação desta população na sociedade, seja no cenário social, político ou cultural.

O TEA não deve ser um impeditivo para que haja oportunidades iguais aos demais cidadãos. Eles são parte da população. De acordo com o ex-secretário-geral das Nações Unidas (ONU), o sul-coreano Ban Ki-Moon, “a rejeição das pessoas que apresentam essa condição neurológica é uma violação dos direitos humanos e um desperdício de potencial humano”. Ainda segundo ele, “embora as pessoas com autismo tenham, naturalmente, uma ampla gama de habilidades e diferentes áreas de interesse, todas elas compartilham a capacidade tornar nosso mundo um lugar melhor”afirmou durante comemorações de 2016 pelo Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

Para formalizar os direitos no Brasil, foi instituída a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo, por meio da Lei nº 12.764, publicada no final de 2012 e lançada no dia 2 de abril de 2013, mesma data em que é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Com isso, autistas passam a ter os mesmos direitos para efeitos legais que as pessoas com deficiência.

De acordo com o artigo 2º da normativa são diretrizes:

I – a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro Autista;

II – a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação;

III – a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com Transtorno do Espectro Autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes;

Em 2016, durante audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos, no Senado Federal, em Brasília (DF), líderes de instituições de apoio a pacientes e familiares, psicólogos entre outros agentes ligados ao movimento em prol dos direitos da pessoa com espectro do autismo avaliaram que embora haja a Política Pública, ainda está longe do ideal e de alcançar às necessidades destes cidadãos. Eles indicaram fragilidades como a falta de amparo às famílias de pessoas que têm distúrbios severos. Outro aspecto é a ausência de programas que envolvam adolescentes e adultos. 

Atualmente, a maior parte das ações é focada nas crianças.

Se você precisa de suporte com alguma questão referente aos direitos da pessoa com TEA, de seus familiares, entre outros aspectos correlacionados, elencamos algumas instituições que podem auxiliar no Brasil:


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