Na apresentação do "I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO GRUPO INTERDISCIPLINAR DE EDUCAÇÃO E INCLUSÃO: UNIVERSIDADE, SUSTENTABILIDADE E INCLUSÃO", no qual participei no período de 28/01/2013 à 01/02/2013, a Profª Sylvia Sastre i Riba, da Universidad de la Rioja, ao tratar do tema "Enriquecimento em altas capacidades intelectuais: eficácia e equidade", abordou a realidade da superdotação em que:
- x% dos alunos superdotados perdem o gosto pela escola;
- 18 a 20% desses alunos abandonam a escola;
- x% passam a apenas tolerar a escola;
- x% se adaptam à educação formal com um alto custo pessoal.
OBS: x% refere-se às situações que sabemos que existe mas sobre as quais não há estatística.
Todas essas condições, segundo a professora Sylvia, afetam a o estado emocional do aluno superdotado.
Outro dado importante é a constatação prática de que 40% a 50% das matérias presentes no currículo escolar não são necessárias. Segundo Renzulli, citado por ela, estas crianças poderiam receber outro tipo de enriquecimento já que a mesma forma (escola, modo de aprender, etc) não serve para todos, uma vez que as pessoas são diferentes.
A Profª Sylvia também abordou uma temática muito relevante que são os diferentes tipos de superdotação (verbal, numérica, lógica, espacial, criatividade, etc). Segundo ela, de acordo com o perfil (habilidades) do superdotado, ele apresentará um produto cognitivo determinado e demandará intervenções educacionais diferenciadas também. A regulação metacognitiva é o que diferencia os superdotados.
Além desse "enfoque metodológico próprio", é preciso que se foque igualmente na formação de professores e na verificação dos resultados obtidos, ou seja, é preciso que se avalie, periodicamente se as ações implantadas para os superdotados estão obtendo os resultados desejados. Focar igualmente no conteúdo, no processo e no entorno da aprendizagem (meios de aprendizagem) é o necessário.
Na Espanha, a Profª Sylvia Sastre i Riba desenvolve um "Projeto com Superdotados", onde cada um assina um contrato de aprendizagem autônoma, e que atende desde as crianças pequenas até os adultos.
Lá, é adotado o formulário MAI, ou IAM, no Brasil, que é um Inventário de Atividade Metacognitiva. Através desta avaliação metacognitiva é possível verificar que há superdotados com talentos quádruplos, triplos, duplos, etc. E, a partir dessa informação, é possível o desenvolvimento de um trabalho mais focado nas necessidades de cada um.
A Profª Sylvia Sastre i Riba, muito bem sintetizou o trabalho que é desenvolvido com os talentosos na Universidad de La Rioja, esclarecendo que o objetivo deste "não é o de melhorar a capacidade intelectual (dos superdotado), mas de fazer com que façam melhor uso da capacidade que têm."
Fonte: http://papoentrepais.blogspot.com.br/2013/01/1-seminario-internacional-do-grupo.html
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