quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

ALUNOS SUPERDOTADOS "JOGADOS À PROPRIA SORTE" DIZ ESPECIALISTA



As crianças portadoras de "Altas Habilidade/Superdotação" requerem  atendimento educacional, emocional e social para satisfazerem suas reais necessidades, afim de desenvolverem seus talentos e potencialidades. Sendo uma das modalidades  desses atendimento o "Enriquecimento". Entretanto, muitas crianças e seus famílias não possuem recursos financeiros para isso, o que gera insatisfação aos próprios Superdotados, seus familiares, as escolas e a sociedade.  Vejamos o que diz a especialista Renata Maia Pinto, pedagoga especialista em alunos superdotados, sobre o assunto, na reportagem a seguir: 

A pesquisadora Renata Maia critica a falta de apoio do governo e da iniciativa privada aos projetos de suporte aos superdotados. “Há potencial para oferecer um bom atendimento, mas os professores são muito desassistidos, não têm apoio financeiro e nem político. Esses talentos podem se perder, desperdiçados. Essas crianças são largadas à própria sorte”, afirma.
Uma das experiências vividas por Jean exemplifica a afirmação de Renata. Na última edição da olimpíada de Astronomia, ele não conseguiu se preparar para a prova. Em casa, não tem livros sobre o tema. Também não tem internet. A escola, que também não tem obras de Astronomia na biblioteca, passou meses em greve. Com isso, os encontros foram suspensos.
“Uma semana depois que as aulas tinham voltado, a professora disse que tinha de aplicar a prova. Falou que quem quisesse podia fazer e eu fiz”, conta. Jean apostou no conhecimento que já tinha adquirido e conseguiu uma medalha de bronze na competição. “A professora ficou surpresa quando eu ganhei”, diz, tímido.
A mãe, Sandra, gostaria de poder oferecer muito mais aos filhos. Para o ano que vem, ela conseguiu uma vaga em um curso de inglês gratuito para ele. Queria poder colocá-lo em uma escola de música em que pudesse aprimorar as habilidades para tocar teclado e cantar. Além disso, sonha em poder oferecer aulas de bateria e futebol a Mizael.
“A gente gostaria de poder investir mais neles, oferecer mais. Infelizmente, tudo envolve dinheiro e aí dificulta”, desabafa a mãe. Sandra admite que, no início, não compreendeu muito bem o que o filho fazia na sala de recursos. Agora, defende o espaço, que também será frequentado por Mizael. “Lá ele consegue focar no que gosta, se estimula”, diz.

Renata Rodrigues Maia-Pinto é graduada em Pedagogia Administração Escolar, Pedagogia Formação de Professor de Pré-Escola e em Pedagogia Magistério. Mestre pela Universidade de Brasília, em 2012, obteve o título de doutora, em 2012, no Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Educação do Instituto de  Psicologia da Universidade de Brasília. 

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-12-16/irmaos-superdotados-superam-falta-de-recursos-e-incentivos-no-distrito-federal.html

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