FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa
14:00 - 04/05/2016
Com uma proposta totalmente diferente de museus convencionais,
o Musa pretende levar o visitante até a floresta amazônica e
fazer com que ele tenha uma experiência única dentro da maior floresta tropical do mundo
Um museu dentro da floresta amazônica, cheio de seres vivos e experiências sensoriais marcantes, que levam o visitante a refletir sobre a sua maneira de interagir com o meio ambiente.
Desde 2009, com apoio do governo do Amazonas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o Museu da Amazônia (Musa) tem incentivado o homem a uma vivência harmoniosa com a floresta.
De acordo com o diretor-presidente do Musa, o físico Ennio Candotti, nos últimos oito anos o governo do Amazonas via Fapeam investiu R$ 3 milhões nas ações desenvolvidas no museu.
A mais recente proposta aprovada contempla o projeto
“Conhecer para valorizar: ações e iniciativas do Musa para valorizar e popularizar o patrimônio genético, geológico, ambiental e cultural da Amazônia”.
Com uma proposta totalmente diferente de museus convencionais, o Musa pretende levar o visitante até a floresta amazônica e fazer com que ele tenha uma experiência única dentro da maior floresta tropical do mundo. Segundo Candotti, a proposta é fazer as pessoas verem, ouvirem e sentirem o que é a floresta e, dessa maneira, contribuírem para preservação desse patrimônio.
“Como e porque conservar algo que não se conhece?
É uma pergunta legítima. A floresta que não se conhece é “mato”.
Não adianta afirmar de modo abstrato que a floresta tem valor imenso.
É preciso explicar por quê. Qual o valor das formigas, das aranhas, dos pássaros, das árvores, das folhas?
Basta lembrar que não sabemos fazer uma folha. Há muito que aprender com a floresta”, afirmou o Candotti.
Neste ano, com apoio do governo do Amazonas por meio da Fapeam e de outras instituições, os equipamentos de observação e amplificação têm sido concluídos e a visitação poderá ser realizada com plena segurança tanto na alta como na baixa floresta.
“A sociedade tem se encantado com o projeto Musa. Ele já representa a segunda opção de visitação da cidade logo após o histórico Teatro Amazonas. Na Europa e Estados Unidos, os museus tentam construir espaços amazônicos mantidos em vida com aparelhos e climatizadores. São imitações. Nós temos, aqui, perto do centro de Manaus, a 20 km, uma floresta primária viva e original”, disse o físico.
Visitação
O Museu da Amazônia possui trilhas, passarelas e uma torre de observação de 42 metros (230 degraus). O espaço, de 100 hectares situado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, na zona Norte de Manaus, funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17.
O Musa conta com tendas e casas de observação e exposições onde são exibidas aranhas, borboletas, cobras e outras riquezas vivas da fauna e flora amazônica.
Segundo Candotti, as visitas ocorrem desde 2009, porém, nos últimos anos, o número de visitantes tem aumentado. Ele explica que não há restrições para visitar o local e alerta para os cuidados que as pessoas devem ter para que o passeio pelo museu vivo ocorra de maneira tranquila.
“Todos podem participar guiados por monitores. Sozinho é perigoso, a floresta é um labirinto. Recomenda-se calçar sapatos fechados ou botas. As trilhas não são pavimentadas. Cobramos entrada: R$ 20 para subir na torre e R$ 10 para o percurso das trilhas e visitas às exposições sem subir na torre. Idosos, estudantes e moradores de bairros próximos inscritos no programa ‘Nosso Musa’ pagam meia entrada”,
explicou.
“O Projeto Museu da Amazônia começará a funcionar plenamente dentro de vinte ou trinta anos. Ainda falta muito para entender, divulgar, explicar, encantar. Os diretores do Musa, os divulgadores do valor da floresta estão apenas nascendo. Pioneiros, cabe-nos semear ideias e mostrar que a biblioteca existe e esconde valiosos segredos”,
finalizou Ennio Candotti.
Francisco Santos / Agência Fapeam
Fotos: Érico Xavier / Agência Fapeam
Quer saber mais, acesse:
http://www.fapeam.am.gov.br/museu-da-amazonia-faz-com-que-visitantes-tenham-experiencia-unica-dentro-da-floresta-amazonica/
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