Em 12 de novembro de 2013, a Revista Amanhã, do jornal O Globo, publicou uma matéria intitulada "Menos computadores, mais brincadeiras ao ar livre".
A reportagem trata de uma campanha nacional realizada na Inglaterra que pretende convenver e estimular as crianças a passarem mais tempo e brincarem mais em contato com a natureza.
Uma bela matéria que merece ser compartilhada, vejam:
O texto na íntegra pode ser lido no link:
A maior iniciativa já realizada na Inglaterra para reaproximar as crianças da natureza.
Assim pode ser definido o ambicioso projeto da “The Wild Network”, uma colaboração que reúne 400 organizações, entre escolas, grupos de escoteiros, empresas, ativistas e ambientalistas.
Todos em torno do mesmo objetivo: convidar as crianças a trocar as telas do computador e da TV por brincadeiras ao ar livre.
Lançada no mês passado (outubro de 2013), a campanha estimula a adoção de atividades tradicionais, mas cada vez menos praticadas pelas novas gerações, como acampamentos.
- A trágica verdade é que bastou apenas uma geração para que as crianças perdessem o contato com a natureza e o ar livre - disse à “BBC” Andy Simpson, presidente da associação. - O tempo que se gasta ao ar livre está diminuindo cada vez mais, as brincadeiras estão em declínio e a habilidade de identificar as espécies foi perdida.
Pais também contribuem
Para as autoridades inglesas, sobram evidências sobre os efeitos negativos de uma infância sedentária.
Um relatório do National Trust (organização dedicada a preservar as riquezas culturais e ambientais do país) indica que o “déficit de natureza” é “dramático” para a saúde e a educação delas. Segundo a associação, o tráfego cada vez mais intenso e a atração por telas digitais são fatores decisivos. Mas o nível de estresse e ansiedade dos próprios pais também contribuem. Há indícios de que este déficit seria pior no Reino Unido do que em outros países europeus, explicando assim os baixíssimos índices das crianças britânicas em pesquisas de satisfação.
“Isso está mudando a maneira como as crianças crescem e veem o mundo”, escreveu o naturalista Stephen Moss, um dos autores do relatório do National Trust.
A distância percorrida pelas crianças em brincadeiras fora de casa diminuiu 90% em 30 anos, e o tempo gasto teve uma queda de 50% em apenas uma geração.
Por outro lado, estudos nos últimos anos mostram que o tempo na natureza aumenta a felicidade, saúde e qualidade de vida dos seres humanos. Nesse caso, as gerações futuras têm tudo para se tornarem adultos ainda mais sedentários - e insatisfeitos - que os de hoje.
Para a “The Wild Network” bastariam 30 minutos diários de brincadeiras para os menores de 12 anos aumentarem seus níveis de aptidão física e melhorarem seu bem-estar.
É o que eles chamam de “pausa selvagem”. A campanha foi lançada junto com um documentário, que conta a história de um pai preocupado que as horas de vigília de seus filhos estão sendo “dominadas por uma cacofonia de marketing, e uma dependência por computadores que ameaça transformá-los em zumbis”.
Realmente, é um caso a pensar. Será que a era digital leva ao sedentarismo das crianças e lhes tira a oportunidade de compartilharem as brinacadeiras ao ar livre e portanto, convívio maior com a natureza? Ou, nós pais, podemos oferecer as duas coisas para nossos filhos?
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