domingo, 10 de março de 2013

OS 10 ERROS DA ESCOLA ATUAL - SEGUNDO PROF. NELSON LIMA NA UNIVERSIDADE DO FUTURO


NELSON S. LIMA, prof. de Neurociências e Inteligência, membro do Conselho Científico da Universidade do Futuro (Brasil). Investigador na EURADEC e na WEA (Suiça). Presidente da EURADEC Inglaterra (Associação Europeia para o Desenvolvimento da Educação). Presidente Executivo do EUROPEAN INTELLIGENCE INSTITUTE. Membro do Conselho Editorial da REVISTA DO EMPREENDEDOR (Angola). É também membro e coordenador do Instituto da Inteligência, vai dirigir o Núcleo de Investigação em Psicologia da recém-criada Associação Europeia para o Desenvolvimento da Educação e da Cidadania (European Association for the Development of Education and Citizenship, com sede em Berlim, Alemanha). Mantem-se como coordenador internacional da rede do Instituto da Inteligência.


Vamos ao texto escrito por ele, em português de Portugal, e publicado no site da UNIVERSIDADE DO FUTURO - EDUCAÇÃO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIAhttp://www.unifuturo.net/ . Leiam:


Preocupa-me cada vez mais o rumo que o sistema de ensino actual está a tomar. Aumentam as horas de presença dos alunos nas escolas, aumenta o número de matérias, aumentam, na verdade, os problemas. Ou seja, mais escola, o que não significa melhor escola.

Não tenho bem a certeza mas suspeito que os responsáveis pela Educação perderam claramente o controlo da situação. Talvez eles próprios não o saibam mas observando as decisões tomadas nos últimos anos fica mesmo a impressão que andam a remendar o que já não pode ser resolvido senão através de uma reforma integral do Ensino.

Urge uma escola diferente não apenas do actual modelo mas também diferente da maioria dos modelos alternativos que têm sido ensaiados um pouco por todo o Mundo pois não preveram a sociedade que iriamos tecer no século XXI.
Vivemos numa época completamente diferente daquela em que a escola actual foi criada. Por causa disso, o ensino massificou-se em demasia, adensou-se, está obsoleto e não tem em conta as necessidades efectivas da sociedade contemporânea.

Não basta encher as escolas de computadores para desde logo se acreditar que a escola modernizou-se. Pode modernizar-se nos equipamentos mas continua desfasada da sociedade em que agora vivemos: uma sociedade muito complexa, ambígua, de acontecimentos efémeros, devoradora de convicções e um pouco louca.

Necessitamos de uma completa transformação dos conteúdos, das matérias, das cargas horárias e dos métodos de ensino.

A inteligência das nossas crianças está a ser castrada e é por isso que aumenta o insucesso escolar. Há uma subtil manipulação das mentes dos nossos filhos sem que os próprios professores tenham disso consciência. Até mesmo as crianças sobredotadas sentem que a escola não lhes favorece o pleno desenvolvimento das suas potencialidades.

A formação dos professores é exígua, pouco humanista e assenta sobre métodos pedagógicos em geral obsoletos. Muitos professores têm-me confessado que não sabem nada sobre "inteligências múltiplas", "estilos cognitivos", "mapas mentais", "sobredo tados"e tantas coisas mais que são hoje em dia fundamentais para um ensino ajustado aos novos tempos.

No modelo de escola actual, ainda muito prisioneiro da revolução industrial dos séculos XIX e XX, há numerosos erros que não hesito em destacar.

Assim, o ensino que é fornecido aos nossos filhos, assenta naquilo que eu chamo de "os 10 erros monumentais" do sistema actual:


1 - não educa para a autonomia do pensamento;

2 - inibe o pensamento criativo;
3 - institui o medo de errar;
4 - promove a submissão intelectual às crenças vigentes, incluindo as científicas;
5 - insiste num único tipo de pensamento: o lógico-matemático;
6 - exclui o aluno dos processos de construção do conhecimento;
7 - ignora as inteligências múltiplas do Homem;
8 - apela à aprendizagem pela memorização pura e simples;
9 - reforça a "autoridade" do professor como "mestre" detentor da Verdade;
10 - limita o crescimento do EU.


Para quando a coragem para iniciarmos uma verdadeira revolução educacional?


Fonte: http://www.unifuturo.net/

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