quarta-feira, 6 de março de 2013

Dislexia, Disortografia, Disgrafia, Discalculia - COMO ENTENDER NO CONTEXTO ESCOLAR


Para melhor entendimento dos chamados "DIS", os profissionais especialistas em NEUROCIÊNCIAS, levantam hipóteses para as dificuldades no contexto escolar,  existindo um entendimento neurológico e evolutivo para cada expressão e seu respectivo significado no enfoque PEDAGÓGICO e FONOAUDIOLÓGICO. 


Como entenderos DIS? Dislexia, Disortografia, Disgrafia, Discalculia...

Vejam a seguir:

 Dislexia


É a incapacidade de processar o conceito de codificar e decodificar a unidade sonora em unidades gráficas, (forma de grafemas) com capacidade cognitiva preservada (nível de inteligência normal). Os disléxicos têm capacidade para aprender todas as funções sociais e até altas habilidades, desde que, bem diagnosticado, seja trabalhado em suas áreas corticais favoráveis e com estratégias e intervenções adequadas. Essa intervenções devem valorizar suas funções viso-motoras, imagens com significado e significante associados a ritmo e memória visual auxiliando sua memória auditiva, para que desenvolva a capacidade por outras rotas (sabido que sua rota fonológica é prejudicada).


Disortografia


Definimos como disortografia, os erros na transformação do som no símbolo gráfico que lhe corresponde. Nem sempre a disortografia faz parte da dislexia e pode surgir nos transtornos ligados á má alfabetização, na dificuldade de atenção sustentada aos sons, na memória auditiva de curto prazo (Déficit de Atenção) e também nas dificuldades visuais que podem interferir na escrita. Quando não estão co-morbidas à Dislexia, o prognóstico é melhor.


Disgrafia


Não se pode confundi-la ou compará-la com disortografia, pois a disgrafia tem características próprias. A criança com disgrafia apresenta uma escrita ilegível decorrente de dificuldades no ato motor de escrever, alterações na coordenação motora fina, ritmo, e velocidade do movimento, sugerindo um transtorno práxico motor (psicomotricidade fina e visual alteradas).

Discalculia


A Discalculia do desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, com falhas para adquirir adequada proficiência neste domínio cognitivo, a despeito de inteligência normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e motivação. Não é causada por nenhuma deficiência mental, déficits auditivos e nem pela má escolarização. As crianças que apresentam esse tipo de dificuldade realmente não conseguem entender o que está sendo pedido nos problemas propostos pela professora. Não conseguem descobrir a operação pedida no problema: somar, diminuir, multiplicar ou dividir. Além disso, é muito difícil para elas entenderem as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho. Aproximadamente de 3 a 6% das crianças em idade escolar tem discalculia do desenvolvimento (dados da Academia Americana de Psiquiatria). De um modo geral, o prognóstico das crianças com discalculia é melhor do que as crianças com dislexia, ou pelo menos, elas tem sucesso em outras atividades que não dependam desta área de calculo numérico.



Todo trabalho escolar, da vida acadêmica de uma criança deve ser investigado precocemente, desde seus primeiros momentos em berçários, creches, escolas infantis, pois a detecção de falhas ou inabilidade no seu D.N.P.M. (desenvolvimento neuropsicomotor) será precioso para atendê-la melhor, até seu inicio ao ensino formal, respeitando seu ritmo, mas oferecendo-lhe oportunidade de uma boa intervenção, caso descubra-se precocemente esta falha ou incapacidade.

O pré-diagnóstico no âmbito escolar é excelente para o aluno, para a  escola, para os pais e a sociedade, onde não se atropela o desenvolvimento e nem permite más condutas com gastos desnecessários no futuro.

Todos devem participar desse novo olhar: professores, direção de escola, pais, psicopedagogos, e outros profissionais envolvidos direta ou indiretamente na alfabetização.


BIBLIOGRAFIA: Lana Cristina de Paula Bianchi- Fonoaudióloga, Pedagoga, Psicopedagoga, Atuaçao em Neurociencias em Crianças e Adultos na FAMERP- FUNFARME- Sao Jose Rio Preto- SP- Especialista em linguagem no Projeto Gato de Botas- Disturbios de Aprendizagem;www.projetogatodebotas.org.br; CRFa: 2907- 1982- PUCC- Campinas-SP- Profa na Disciplina de Psicologia-UNILAGO- São Jose Rio Preto-SP- Linguagem e Cogniçao- 2010- Orientadora em monografias no curso de pos-graduaçao de Psicopedagogia- Famerp- 2010- Campo de pesquisa: Linguagem infantil e adulto-

Vera Lucia de Siqueira Mietto, Fonoaudióloga, Psicopedagoga, Neuropedagoga e Tutora EAD do www.chafic.com.br e www.ceitec.com.br  em Neurociencias, Dislexia e TDAH e docente da UNICEAD na pós graduação de Monte Claros-MG.

Fonte: http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/

Um comentário:

  1. Nossa , isso tem me ajudado muito, meu e-mail é cida-oldeoliveirabol.com .br.sou professora há 43 anos, licenciada em portugu~es , Inglês , Lierauras. Pedagoga, com ad, supervisão e orientação educacional. e há anos venho tendando resolver , os problemaS DOS ALUNOS QUE APRESENTAM , ESSES DIVERSOS DÉFICITES DE APRENDIZAGEM , MAS TUDO FICA MUITO TRUNCADO, QUANDO ME DEPARO COM PAIS, QUE NÃO ESTÃO PREOCUPADOS, DE CERTA FORMA TODA EQUIPE DA ESCOLA PÚBLICA, POIS NÃO TEMOS FONO, NÃO´PODEMOS CONTAR COM NEUROS, PSICÓLOGOS. PARA NOS AJUDAR A NORTEAR ESSES ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA, SINTO QUE QUEREM, MAS FALTA TUDO, A NÃO SER MINHA BOA VONTADADE DE ENTRAR , PESQUISAR , E TRABALHAR COM ELES , POIS ESTOU READAPTADA, MAS ATUANDO NA ALFABETIZAÇÃO , DESSES ALUNOS. BEM COM AXILIANDO-OS EM MATEMÁTICA.mA aPARECIDA o. rOSA

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