domingo, 24 de fevereiro de 2013

EDUCAÇÃO ESPECIAL - Toda classe é Inclusiva



 Educação Especial foi tradicionalmente concebida como destinada a atender o deficiente mental, visual, auditivo, físico e motor, além daqueles que apresentam condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos e psiquiátricos

Também estariam inseridos nessa modalidade de ensino os alunos que possuem "altas habilidades/ superdotação".

Por: Meire Cavalcante 

"Na escola inclusiva, a identidade se constrói com a valorização das qualidades de cada um dos estudantes"



Em uma nova abordagem, que tem por meta a inclusão, a Educação Especial  atende a uma variedade de casos bem maior. Não estão envolvidos nela apenas os estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências. Dessa forma, precisam ser incluídos também aqueles que têm, por exemplo, dislexia, autismo, problemas de atenção ou emocionais, de memória e também os devidos a fatores sócio-econômicos. 

Nesse caso, estariam as crianças que sofrem com a desnutrição. Olhando desse modo, pode-se dizer que toda sala de aula, por um motivo ou outro, é local de inclusão. "Ser gordo ou muito magro, agressivo, negro, superdotado, pobre ou rico, ter déficit de atenção ou diabetes e usar óculos muitas vezes torna um aluno alvo de exclusão, preconceito e piadinhas", cita a psicóloga Josca Baroukh. "Por isso, todos os professores, coordenadores, funcionários e , sem exceção, precisam praticar o respeito e a tolerância, que só nascem quando se entende que o normal é ser diferente", ensina.

Adotar uma postura positiva e incentivar o desenvolvimento das habilidades dos estudantes são passos importantes para que eles comecem a se conhecer e perceber o que têm de bom. "O professor deve apostar no aluno, e para isso é necessário conhecê-lo bem", afirma a psicóloga e educadora Josca Baroukh, de São Paulo. Josca recomenda que os professores ouçam as crianças e os jovens e sejam sensíveis para identificar limites e possibilidades. Assim, de acordo com ela, eles adquirem condições para desafiar os estudantes — no que é possível a cada um —a progredir.

A sociedade brasileira ainda engatinha no que se refere à inclusão. Devido à falta de informação e ao preconceito, todos os envolvidos passam por dificuldades. O deficiente sente-se excluído porque o tratam como incapaz. Os pais, por sua vez, infantilizam ou superprotegem os filhos. E o professor que recebe um aluno com esse histórico teme fracassar na tentativa de integrá-lo à sociedade, principalmente se não tiver orientação sistematizada. 

Professor, coloque em evidência o que seu aluno tem de bom. Alguém na sala não enxerga? Eis uma limitação. Mas o que ele sabe fazer com competência? Ele canta ou se socializa bem? Todos têm limitações e capacidades, e é papel da escola ensinar e praticar o respeito às diferenças, dando oportunidades a crianças, jovens e adultos de reconhecer seus limites e os dos colegas. E, acima de tudo, destacar o que há de bom em si e nos outros.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/aparencias-diferentes-talentos-tambem-424489.shtml

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