quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

VISITA AO MUSEU DA REPÚBLICA NO RIO DE JANEIRO

MUSEU DO CATETE





O MUSEU DA REPÚBLICA ocupa o antigo Palácio Nova Friburgo (no Império), depois Palácio do Catete (na República), que durante 63 anos foi o coração do Poder Executivo no Brasil. 


Foi inaugurado em 15 de novembro de 1960, após a transferência da capital para Brasília.

Mas a República é hoje. Suas histórias continuam sendo forjadas pelos governantes depois de 1960. Assim, o Museu da República tem compromissos com a preservação, a pesquisa e a comunicação da história republicana através dos diversos testemunhos que abriga, aí incluído o próprio Palácio, mas também tem compromissos de propor reflexões sobre o que acontece nos dias atuais.

O Museu da República tem como missão contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural do país, visando à valorização da dignidade humana, à universalidade do acesso e o respeito à diversidade cultural. 

O Museu da República é espaço de cidadania.



O Palácio Nova Friburgo, atual Palácio do Catete, construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, consagrou-se como um monumento de grande importância histórica, arquitetônica e artística. Erguido no Rio de Janeiro, então Capital Imperial, tornou-se símbolo do poder econômico da elite cafeicultora escravocrata do Brasil oitocentista. 

Sua concepção em estilo eclético é resultado do trabalho de artistas estrangeiros de renome, como o arquiteto Gustav Waehneldt e os pintores Emil Bauch, Gastão Tassini e Mario Bragaldi. Em 1889, passados vinte anos da morte do Barão e de sua esposa, o Palácio foi vendido à Companhia do Grande Hotel Internacional e, posteriormente, antes que fosse instalada qualquer empresa hoteleira no imóvel, foi vendido ao maior acionista da Companhia, o conselheiro Francisco de Paula Mayrink. 

Em 18 de abril de 1896, durante o mandato do presidente Prudente de Moraes, à época exercido em caráter interino pelo vice Manuel Vitorino, o Palácio foi adquirido pelo Governo Federal para sediar a Presidência da República, anteriormente instalada no Palácio do Itamaraty.




Para receber os presidentes e seus familiares, ampla reforma foi executada sob a orientação do engenheiro Aarão Reis. Dela participaram importantes pintores brasileiros como Antônio Parreiras e Décio Villares e o paisagista Paul Villon, este responsável pela remodelação dos jardins.

A instalação de luz elétrica no Palácio, desde então, acentuaria o brilho dos acontecimentos políticos e sociais que ali teriam lugar.




Também chamado de Palácio das Águias, o Palácio do Catete foi palco de intensas articulações políticas, como as declarações de guerra à Alemanha, em 1917, e ao Eixo, em 1942, e, nesse mesmo ano, a implantação do Cruzeiro como sistema monetário nacional. 



Entre os grandes acontecimentos sociais, destacam-se a recepção aos Reis da Bélgica, em 1920, e a hospedagem do Cardeal Pacelli, posteriormente Papa Pio XII , em 1934. 

Grande repercussão gerou o polêmico sarau organizado, em 1914, pela caricaturista Nair de Teffé, esposa do presidente Hermes da Fonseca, durante o qual foi executado o famoso “Corta- Jaca” de Chiquinha Gonzaga, compositora e maestrina carioca. Pela primeira vez a música popular era interpretada nos salões de um Solar aristocrático.





Do Palácio emergem, ainda, memórias de momentos de consternação e comoção nacional, como o velório do presidente Afonso Pena, em 1909, e o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, desfecho de uma das mais contundentes crises político-militares republicanas. No ano de 1938, durante o Estado Novo, o Palácio e seus jardins foram tombados pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). 


Sede do Poder Republicano por quase de 64 anos, 18 presidentes utilizaram suas instalações. Coube a Juscelino Kubitschek encerrar a era presidencial do edifício, com a transferência da Capital Federal para Brasília em 21 de abril de 1960.

O Palácio do Catete, com base em Decreto Presidencial de 08 de março de 1960, passou então a ser organizado para abrigar o Museu da República, inaugurado a 15 de novembro do mesmo ano.




Jardim

O Palácio do Catete foi erguido no século XIX, no então chamado “Caminho do Catete”, atual bairro do Catete, região que surgiu com o aterramento de uma área coberta por mangues.



Iniciada a construção do Palácio, o Barão de Nova Friburgo adquiriu novas terras, incorporando a área ao fundo do terreno e a aléia central do parque, onde já então havia as palmeiras existentes até hoje. Segundo alguns historiadores, tanto o jardim do Palácio quanto o do Palácio São Clemente, em Nova Friburgo, também de propriedade do Barão, teriam sido feitos pelo paisagista francês Auguste Marie Françoise Glaziou.

A remodelação do Jardim do Palácio para a sua ocupação pela sede do Poder Executivo Nacional ficou sob a coordenação de Paul Villon, discípulo do paisagista francês Auguste Marie Françoise Glaziou, com quem Villon já havia trabalhado à época da reforma do Campo da Aclamação, atual Praça da República.




Tendo em vista assegurar o transporte de carvão para a usina elétrica do Palácio, foi também construído um novo ramal para a linha férrea que atendia ao bairro do Catete. Alguns anos mais tarde, essa construção foi transformada em garagem presidencial, atualmente funcionando no local parte das instalações do Museu do Folclore. A usina elétrica foi desativada.

Em 06 de abril de 1938, o Palácio do Catete e seu respectivo Jardim foram tombados pelo recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O tombamento do Jardim do Palácio é um instrumento de proteção e preservação de seus traços paisagísticos, que não podem ser alterados sem autorização prévia do IPHAN.

No ano de 1960, com a criação do Museu da República, o jardim foi aberto ao público. Em 1995, um novo projeto paisagístico foi elaborado para o parque, sendo realizada uma ampla reestruturação de toda a sua rede elétrica e de escoamento de água e implantado um sistema automático de irrigação.

No final dos anos 90, uma nova intervenção substituiu os muros do parque erguidos ao longo da Rua Silveira Martins e da Praia do Flamengo por gradis idênticos aos que já existiam nas demais margens do Palácio, permitindo uma maior visibilidade do seu jardim.



Acervo

O Museu da República, por intermédio de suas ambientações, das exposições temporárias, de longa duração e dos eventos culturais, busca oferecer ao visitante um panorama da história republicana. Fotos, documentos, objetos, mobiliário e obras de arte dos séculos XIX e XX integram seu acervo, exposto nos diversos salões do Palácio.

Oferece ainda, desde novembro/2007, uma nova forma de interlocução com o visitante: o Espaço de Atualização, no qual a informação está à disposição através de jornais do dia, noticiários na TV etc, deixando em evidência que a História está em permanente movimento, recriando-se a partir das ações humanas.




Contando com o apoio de universidades, instituições de pesquisa e empresas privadas, o Museu da República se apresenta como um espaço para reflexão crítica sobre a história e a cultura do país e busca cumprir sua função social de instituição ligada à educação.

 Em dezembro de 2007 inaugurou o Espaço Educação destinado ao acolhimento de professores, escolares e o público em geral.




Endereço do Museu:



Rua do Catete, 153 | Catete | cep 22220-000 | Rio de Janeiro | RJ | Brasil 

Fone: 3235 3693



Fonte: http://www.museudarepublica.org.br/museu2.html

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